Isaac Ismar | Carnavalesco | 21/10/2010 15h33
Tudo indica que Uberlan Jorge de Oliveira renunciará à presidência da Unidos do Porto da Pedra nos próximos dias - até a semana que vem. O dirigente se queixa dos políticos de São Gonçalo, município sede da agremiação, que segundo ele, não apóiam financeiramente a escola de samba.
- Nenhum dos políticos de São Gonçalo apoiou a escola nesses nove anos. É algo que me magoa, me deixa muito triste, pois ninguém é mais gonçalense do que eu. O maior referencial para a cidade é a Porto da Pedra, mas eles ignoram a escola. Nem o lado social da escola eles ajudam. A agremiação leva o nome do município para o mundo inteiro - desabafou o dirigente.
No cargo há nove carnavais, Uberlan conseguiu manter a vermelha-e-branca no Grupo Especial por boa parte dos mandatos em que esteve à frente da escola. E já que a Porto da Pedra atualmente faz parte da elite do carnaval carioca, ele quer aproveitar a chance para entregar a agremiação a alguém que possa ajudá-la financeiramente.
- São nove anos de trabalho. Há um desgaste natural. Me sinto cansado. Parei pra pensar. Uma coisa é você entregar algo que não presta. É o costume de todos. Quando não serve mais, joga fora. Outra coisa é entregar a escola como agora, maravilhosa, com credibilidade em todos os sentidos e pronta pra fazer um grande carnaval, é só dar continuidade. Prefiro entregar sorrindo, porque quando assumi a escola ela estava no Acesso. Vou entregá-la no resplendor. Isso pra mim é um prazer imenso, pois são nove anos de dedicação com afinco, carinho e com poucos amigos que lutaram comigo até hoje. Isso é fantástico. Sinceramente, estou propenso a renunciar - afirmou Uberlan.
Quando assumiu a Porto da Pedra pela primeira vez, ele era indicado pelo irmão Sérgio Oliveira. De lá pra cá, como fez questão de frisar, sempre honrou pelo nome da escola. Durante esses anos à frente da presidência da Porto da Pedra, Uberlan afirmou que apenas em um carnaval da agremiação contou com patrocínio ("Serra Acima, Rumo à Terra dos Coroados", em 2002). A subvenção da Liesa (cerca de R$ 2 milhões por ano) tem sido única verba para aplicar no desenvolvimento do desfile do tigre.
- Felizmente e com muita honra, temos crédito aberto em qualquer lugar. Sempre honrei a família Oliveira. Nunca tive vaidade, aparecer na televisão... Sempre gostei de trabalhar. Vou ver alguém que possa dar prosseguimento e tenha interesse ao trabalho. Semana que vem espero ter uma posição disso - garantiu.
Uberlan esteve na tarde desta quarta-feira no pátio da Cidade do Samba para conferir de perto a gravação do samba-enredo da Porto da Pedra para o CD do Grupo Especial. Após o registro do coro de parte da comunidade da vermelha-e-branca, ele confessou que pretende ver a sua escola do coração de uma forma diferente.
- Nunca assisti minha escola desfilar, sempre desfilo na frente. Um dia quero ver a minha escola desfilar, vamos ver se o coração resiste. Os verdadeiros guerreiros estão muito tristes, mas sabem sobre toda a minha dificuldade - concluiu.
- Nenhum dos políticos de São Gonçalo apoiou a escola nesses nove anos. É algo que me magoa, me deixa muito triste, pois ninguém é mais gonçalense do que eu. O maior referencial para a cidade é a Porto da Pedra, mas eles ignoram a escola. Nem o lado social da escola eles ajudam. A agremiação leva o nome do município para o mundo inteiro - desabafou o dirigente.
No cargo há nove carnavais, Uberlan conseguiu manter a vermelha-e-branca no Grupo Especial por boa parte dos mandatos em que esteve à frente da escola. E já que a Porto da Pedra atualmente faz parte da elite do carnaval carioca, ele quer aproveitar a chance para entregar a agremiação a alguém que possa ajudá-la financeiramente.
- São nove anos de trabalho. Há um desgaste natural. Me sinto cansado. Parei pra pensar. Uma coisa é você entregar algo que não presta. É o costume de todos. Quando não serve mais, joga fora. Outra coisa é entregar a escola como agora, maravilhosa, com credibilidade em todos os sentidos e pronta pra fazer um grande carnaval, é só dar continuidade. Prefiro entregar sorrindo, porque quando assumi a escola ela estava no Acesso. Vou entregá-la no resplendor. Isso pra mim é um prazer imenso, pois são nove anos de dedicação com afinco, carinho e com poucos amigos que lutaram comigo até hoje. Isso é fantástico. Sinceramente, estou propenso a renunciar - afirmou Uberlan.
Quando assumiu a Porto da Pedra pela primeira vez, ele era indicado pelo irmão Sérgio Oliveira. De lá pra cá, como fez questão de frisar, sempre honrou pelo nome da escola. Durante esses anos à frente da presidência da Porto da Pedra, Uberlan afirmou que apenas em um carnaval da agremiação contou com patrocínio ("Serra Acima, Rumo à Terra dos Coroados", em 2002). A subvenção da Liesa (cerca de R$ 2 milhões por ano) tem sido única verba para aplicar no desenvolvimento do desfile do tigre.
- Felizmente e com muita honra, temos crédito aberto em qualquer lugar. Sempre honrei a família Oliveira. Nunca tive vaidade, aparecer na televisão... Sempre gostei de trabalhar. Vou ver alguém que possa dar prosseguimento e tenha interesse ao trabalho. Semana que vem espero ter uma posição disso - garantiu.
Uberlan esteve na tarde desta quarta-feira no pátio da Cidade do Samba para conferir de perto a gravação do samba-enredo da Porto da Pedra para o CD do Grupo Especial. Após o registro do coro de parte da comunidade da vermelha-e-branca, ele confessou que pretende ver a sua escola do coração de uma forma diferente.
- Nunca assisti minha escola desfilar, sempre desfilo na frente. Um dia quero ver a minha escola desfilar, vamos ver se o coração resiste. Os verdadeiros guerreiros estão muito tristes, mas sabem sobre toda a minha dificuldade - concluiu.