Ela começou falando sobre o que sentiu após o convite e a responsabilidade de julgar.
- Será muito bom participar do julgamento. Me sinto lisonjeada e valorizada por essa atribuição tão importante. Já acompanho os desfiles há muito tempo e agora estou incluída nessa festa. Espero ir bem e corresponder as expectativas.
Já Paulo Paradela, mais experiente do que Clivia, fez uma breve análise do nível que as escolas tem apresentado.
- Eu acho que o nível está cada vez melhor no sentido de qualidade e na busca por materiais diferenciados. Tanto em termos de concepção e execução, os carnavalescos estão conseguindo unir passar a ideia a do enredo e ter criatividade, que é algo bastante requisitado. Está muita acirrada essa disputa e fica cada vez mais difícil julgar.
Um dos grandes desafios do julgador de fantasia é traçar um paralelo comparativo entre os diferentes estilos e concepções das indumentárias das escolas. Paulo Paradela garante que isso é possível.
- Existem carnavalescos de estilo mais clássico e outros de vanguarda, que partem para algo mais inovador, mas em termos gerais, e termos comparativos, você consegue manter uma linha sim. É possível analisar se uma fantasia passou bem uma ideia, independente do estilo dá para traçar esse paralelo. Outro exemplo, esse mais ligado a parte de penalização, é perceber as fantasias que despencam e apresentam algum tipo de problema: um esplendor pesado, uma fantasia pesada. A ideia que fez o carnavalesco chegar naquela fantasia vai dar o resultado final.
Uma das novidades do quesito este ano é a divisão do quesito em sub-quesitos: concepção e realização. Formada em artes, Clivia opina sobre o novo modelo.
- Acho que tudo aquilo que vir para detalhar e dar mais qualidade ao julgamento é válido. Com a nota dividida em sub-quesito, a avaliação fica mais clara.